Condição juvenil e modelos contemporâneos de análise sociológica das juventudes
Autores
-
Luís Antonio Groppo
Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Resumo
Uma releitura crítica da produção da sociologia funcionalista sobre a juventude, revela concepções fundadas na idéia da «normalidade», tida como a adequação tranqüila entre a condição juvenil e a estrutura social. A «anormalidade» é aí interpretada como «disfunções», originadas da perniciosa influência de «tradições ocultas» sobre a juventude: boêmia, delinqüência e radicalismo. Nos anos 1960, reconsidera-se tal interpretação, e uma visão mais generosa sobre as revoltas juvenis permite vê-las até mesmo como possibilidade de reforma e revolução das sociedades em crise. A partir dos anos 1970, uma tendência importante foi conceber a juventude mais como «estilo de vida» que etapa do curso da vida, e os comportamentos em conflito com os valores sociais hegemônicos mais como «culturas juvenis» que rebeldias. Aparentemente, teriam sido superados os modelos clássicos explicativos da revolta juvenil. Entretanto, diversos movimentos e revoltas protagonizadas por jovens recentemente parecem demandar estes modelos supostamente superados.
Palavras-chave:
sociologia da juventude, condição juvenil, identidades
Números especiais
Prestes a ser publicado
UD