As relações intersubjetivas no trabalho costumam se dar face a face. Com a pandemia Covid-19, as interações passaram ao formato virtual. Este ensaio analisa o teletrabalho de uma perspectiva do indivíduo, com abordagens sob o prisma da teoria da ação social de Max Weber e da teoria do agir comunicativo de Jüergem Habermas. Durante a Segunda Revolução Industrial, a racionalidade instrumental tem prevalecido nas organizações, e o seu ápice se deu com o Taylor-fordismo; não encontramos na literatura trabalhos que abordassem o teletrabalho com fundamento teórico na teoria da ação social weberiana. A teoria do agir comunicativo de Habermas é trazida então para enriquecer o debate, enfatizando a questão da linguagem e da comunicação.