Este estudo tem como objetivos: (a) investigar quem são os sujeitos que abandonaram funções remuneradas no mercado de trabalho para o exercício da profissão do lar, analisando as principais razões para tal atitude e seus reflexos para as questões de gênero, domésticas e familiares, e (b) analisar a (in)visibilidade do trabalho doméstico não remunerado, o (auto)reconhecimento e a (des)valorização social e familiar desse trabalho percebida pelos profissionais do lar. Através de entrevistas, utilizando a história oral temática, realizadas com treze profissionais do lar, os resultados revelam que eles/as abandonaram o mercado de trabalho por diversas razões, estando relacionadas à idade, às situações sociais e conjugais, ao contexto econômico, à escolaridade e às relações de trabalho. O trabalho doméstico é percebido por eles/as como uma atividade, que além de não remunerada, é invisível e desvalorizada na esfera privada, tanto pela família quanto pela sociedade. Os porquês disso já são conhecidos. A pergunta que fica é: Até quando?
Palabras clave:
Gênero, Profissão do Lar, Trabalho Reprodutivo, Afazeres Domésticos, Atividades de Cuidado
Dalagostini Bidarte, M. V., Freddo Fleck, C., & Billig Mello, E. M. (2021). Profissão do lar: (des)valorizada, (não)reconhecida e (in)visível. até quando?. Revista Punto Género, (15), pp.47–69. https://doi.org/10.5354/2735-7473.2021.64461