Texto percorre as transformações socioculturais dos últimos séculos, especialmente observando a evolução tecnológica no cenário das relações de trabalho. Localiza a problemática na transposição da Modernidade para a Pós-Modernidade e analisa a pertinência do arcabouço normativo trabalhista brasileiro (moderno) à realidade do trabalho globalizado, digital e flexisseguro (pós-moderno). Visita os conceitos e usos da interpretação jurídica sistemática em contraposição à sistêmica, na qual se detém. Conclui que: i) o Direito do Trabalho brasileiro carece de adequação à realidade que pretende reger, o que será possível alcançar pela via interpretativa, desde que o operador maneje as ferramentas próprias do método sistêmico; e que ii) tal providência é necessária à manutenção e sustentabilidade do próprio ramo especializado do direito, pois a distância da realidade, mesmo que complexa e dinâmica, torna-o sem sentido.
Palabras clave:
Interpretação sistêmica, direito do trabalho, sustentabilidade
Pires Fincato, D., & Mielke Silva, J. (2019). Interpretação sistêmica e sustentabilidade jurídica: A necessária (re) construção do Direito do Trabalho. Revista Chilena De Derecho Del Trabajo Y De La Seguridad Social, 10(19), 1–22. https://doi.org/10.5354/0719-7551.2019.53753